Sistema global de medição ajuda países a cumprir metas de acesso.
Fontes renováveis devem compor 36% do mix energético global até
2030, segundo a meta estabelecida pela iniciativa Energia Sustentável
para Todos.
Parque eólico no Ceará, Brasil |
O Relatório Estrutura de Acompanhamento Global da Energia Sustentável para Todos,
publicado no Fórum de Energia, em Viena (Áustria), em 28 de maio,
responde a essas perguntas. O documento apresenta dados detalhados –
tanto nacionais quanto globais – que indicam o tamanho dos desafios para
que os países cumpram os três objetivos da iniciativa Energia
Sustentável para Todos: proporcionar acesso universal à energia moderna,
dobrar o uso de energia renovável e duplicar a taxa de melhoria da
eficiência energética – tudo isso até 2030.
O relatório indica que 1,2 bilhão de pessoas – quase a população da
Índia – não têm acesso à eletricidade e que 2,8 bilhões dependem da
lenha ou de outra fonte de biomassa para combustível doméstico.
Esses combustíveis domésticos sólidos poluem o ambiente e prejudicam a
saúde, o que contribui para cerca de 4 milhões de mortes prematuras, na
maioria de mulheres e crianças. O relatório também assinala que a
maioria das pessoas ainda sem acesso à eletricidade vive em 20 países em
desenvolvimento na Ásia e na África Subsaariana e que cerca de 80%
delas vivem em áreas rurais.
Embora 1,7 bilhão de pessoas tenha conseguido acesso à eletricidade
entre 1990 e 2010, essa taxa estava ligeiramente à frente com relação ao
crescimento da população (em 1,6 bilhão) no mesmo período. O ritmo da
expansão do acesso à eletricidade terá de dobrar para alcançar a meta de
100% até 2030. Chegar a esse ponto exigirá um investimento adicional
por ano de US$ 45 bilhões em acesso, cinco vezes o nível anual. Do ponto
de vista do aquecimento global, no entanto, o custo dessa expansão é
baixo: levar a eletricidade às pessoas aumentaria as emissões globais de
dióxido de carbono em menos de 1%.
Onde podemos fazer a maior diferença?
- Vinte países de alto impacto na Ásia e na África representam cerca de dois terços de todas as pessoas sem acesso à eletricidade e três quartos dos usuários de combustíveis domésticos sólidos.
- Outros 20 países de alto impacto (entre eles, o Brasil) são responsáveis por 80% do consumo de energia e deverão liderar o caminho para duplicar a parcela de fontes renováveis a 36% da mescla global de energia e dobrar a melhoria da eficiência energética.
- Um exemplo de progresso entre os países de alto impacto é a China: o país mais populoso do mundo é o maior consumidor de energia, mas está também liderando o mundo em expansão da energia renovável e na taxa de melhoria da eficiência energética.
- Ainda há muito trabalho a ser feito para cumprir as metas da iniciativa Energia Sustentável para Todos. Entre elas, estão: oferecer 100% de acesso a fontes modernas de energia, dobrar o uso de fontes renováveis e dobrar a melhoria da eficiência energética até 2030.
- Um bilhão e meio de pessoas ainda carecem de eletricidade e 2,8 bilhões não têm acesso a combustíveis domésticos modernos. As fontes de energia renovável representam apenas 18% do uso de energia global.
- Um novo relatório mostra, entre outros dados, que o Brasil é o sétimo país com maior demanda de energia, atrás de China, EUA, Rússia, Índia, Japão e Alemanha.
Fonte: http://www.worldbank.org/pt/country/brazil
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